A BNCC orienta que os currículos incorporem, de forma transversal e
integradora, os temas contemporâneos relevantes para o desenvolvimento da
cidadania, que afetam a vida humana nos âmbitos local, regional e global,
promovendo amplamente a abordagem da Educação Ambiental, juntamente com outros
temas.
A inserção do tema emergência
climática no currículo dos anos
iniciais da educação básica envolve: pedagogia orientadora à participação e a
colaboração para a solução de problemas; inter e transdisciplinaridade;
desenvolvimento de competências de sustentabilidade por meio de práticas
inovadoras de ensino e aprendizagem; desenvolvimento de competências para
refletir sobre as próprias ações, tendo em conta seus impactos sociais,
culturais, econômicos e ambientais atuais e futuros, a partir de uma
perspectiva local e global; utilização de TDIC para analisar problemas sociais
de seu cotidiano com apresentação de propostas/soluções para problemas de seu
território (cidade ou bairro), usando redes sociais, repositórios de conteúdos
ou recursos digitais abertos para expressar suas ideias. De acordo com Pena-Vega
(2023, p.25) “os jovens desejam e são capazes de ter um papel ativo na luta
contra as mudanças climáticas e estão prontos para transformar a sociedade,
evitando os impactos desastrosos das mudanças climáticas.”
a) Escolha dois objetivos de trabalhar a Educação Climática (EC) numa
proposta de intervenção na educação básica:
- compreender
o fenômeno das mudanças climáticas, causas e efeitos sobre o meio ambiente e
conscientizar os estudantes a respeito da importância do enfrentamento da
emergência climática e de como abordá-la em sala de aula;
-
permitir que estudantes se tornem agentes de mudanças pelas ações e vozes que
impactam na realidade e poderem transformar o mundo;
-
refletir acerca de possíveis ações educativas de mitigação para redução de
riscos de desastres climáticos que cada um pode empreender ao ter em conta as
suas ações cotidianas;
-
abordar a temática dos desastres a partir de problemas concretos locais ou
globais, em forma de projetos ou atividades interdisciplinares;
-
incentivar práticas pedagógicas e ações educativas voltadas à prevenção de
riscos de desastres socioambientais;
-
incentivar os estudantes a se tornarem protagonistas de suas vidas, através
de engajamento com atividades extracurriculares conectadas a seu território e
integradas aos movimentos globais;
- propor
iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas
sócioambientais do território, com base na analise de ações de consumo
consciente e de sustentabilidade bem sucedidas;
-
desenvolver metodologias inovadoras com uso de TDIC em práticas pedagógicas
integrando EEC no currículo da educação básica, visando a mitigação e a
redução de vulnerabilidades e risco de desastres frente às mudanças
climáticas;
-
explorar conhecimentos sobre mudanças/emergências climáticas para despertar a
curiosidade e engajamento dos jovens;
-
conhecer estratégias para prevenir, mitigar e reduzir desastres causados pela
mudança do clima, contribuindo para que as comunidades adaptem-se à nova
realidade climática em âmbito local, regional, nacional e mundial;
-
explorar a relação existente entre clima, meio ambiente e riscos de desastres
e a garantia dos direitos de crianças e adolescentes;
-
analisar políticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas do
território;
-
promover mobilização para intervenções, espaços de diálogo e construção de
conhecimento sobre redução de riscos de desastres no âmbito da comunidade
escolar.
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b) No território escolhido para exploração ao longo das aulas do
componente curricular EDUTIC, proponha três atividades envolvendo intervenção e
exploração da EC, atendendo aos objetivos escolhidos.
Roteiro
da Intervenção/Atuação na EC
1. Identificação da proposta: autores, escola, ano da
educação básica, componentes curriculares, envolvidos. Onde será realizada
a intervenção (bairro, escola, comunidade, unidade de conservação, etc), local
escolhido (área de abrangência). Quem e quantos serão os beneficiários diretos
considerando a participação da juventude.
2. Objetivos escolhidos: liste os dois objetivos escolhidos.
3. Descrição e registros da intervenção
– indicar o que os estudantes explorarão no território escolhido e o
que irão aprender nos mesmos. Como as atividades serão registradas
utilizando recursos de TDIC (redes sociais, vídeos,
filmes, palestras, feira de ciências, seminários, debates, planos de
emergência, plano de evacuação, sistema de alerta, jogos, rodas de conversa,
relatórios, monitoramento das chuvas, simulações, fotografias, oficinas, mapeamento
socioambiental, maquete, saída de campo, entrevistas, experimentos). Exemplo de
atividades que podem ser desenvolvidas na intervenção: O que pode ser
feito junto às lideranças locais, regionais, estaduais e nacionais para
adotar medidas preventivas e de adaptação à emergência climática? O que pode ser feito em caso de desastres nesses locais,
para que número ligar pedindo ajuda? Qual
órgão é responsável pelo local? Como as pessoas devem-se portar em caso de
desastres?; Mudanças que podem ser feitas para tornar o bairro e a cidade mais
sustentável?; Campanha para diminuir
doenças causadas por águas estagnadas e ligadas ao esgoto; Incentivo à
participação ativa na identificação de áreas propensas a enchentes, no plantio
de árvores para a prevenção da erosão do solo, na limpeza de rios e córregos e
na implementação de campanhas de conscientização na comunidade; Educação e
conscientização da população sobre práticas sustentáveis para reduzir o impacto
das enchentes; Reflorestamento de áreas próximas a rios e córregos para ajudar
na absorção de água; Desenvolvimento de planos de evacuação e alerta precoce
para situações de emergência e desastres; Realização de palestras e workshops
sobre emergência climática, seus efeitos na comunidade local e medidas de
adaptação; Campanhas de conscientização sobre questões ambientais e climáticas,
utilizando cartazes, panfletos, murais informativos e redes sociais para
disseminar informações sobre como os hábitos diários podem impactar o meio
ambiente e como as pessoas podem agir para reduzir esses impactos; simulação de
emergência para preparar os estudantes e a comunidade escolar para lidar com
desastres naturais como inundações, deslizamentos de terra ou tempestades. Pode
incluir treinamento em evacuação, primeiros socorros e medidas de segurança; Compartilhamento
de experiências pessoais e observações sobre os efeitos da mudança climática na
comunidade local; Exploração de maneiras práticas de reduzir a pegada de
carbono, como reduzir o consumo de energia, promover o transporte sustentável,
adotar práticas de reciclagem e conservação de água, plantar árvores e apoiar
iniciativas de sustentabilidade na escola e na comunidade. Advogar por
políticas públicas que promovam ações climáticas e participar de atividades de
sensibilização e educação sobre as mudanças climáticas; Elaboração e
distribuição de material educativo como cartilhas, vídeos e jogos interativos
sobre emergência climática; Implementação de programas para reduzir o uso de
energia e promover práticas sustentáveis dentro da escola; promoção de
campanhas que abordem a redução de emissões e adotando práticas sustentáveis
dentro e fora da escola, com pais, professores, estudantes e toda comunidade; Confecção
de pluviômetro para as famílias das áreas de risco; participação em processos
decisórios das políticas públicas sobre questões sócio-ambientais; e palestras
sobre questões ambientais e emergência climática, explorando planos de
emergência, plano de evacuação, sistema de alerta.
4. Resultados
da intervenção – descreva a importância da
proposta da intervenção escolhida e os resultados que serão alcançados,
indicando como a execução da proposta contribuirá para a
adaptação à emergência climática? Resultados previstos com a implementação da
proposta. Como a execução desta proposta contribuirá para a solução dos
problemas socioambientais enfrentados no território e reduzir as
vulnerabilidades diante de riscos de desastres.